Roberto Auguste Edmond Mange
La Tour de Peilz, Suíça
1885–1955
Oficinas com assoalhos limpos, prevenção de acidentes, organização. Tudo isso era necessário quando Roberto Mange criou o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), em 1942.
Faltava ainda mão de obra especializada para que as indústrias brasileiras dessem um salto em direção ao futuro. Mange trazia conceitos da organização racional do trabalho de Frederick Winslow Taylor para o chão das fábricas.
Ele nasceu em La Tour de Peilz, no cantão de Vaud. Estudou Engenharia na Politécnica de Zurique. Sua história no Brasil teve início em 1913, com um convite de Antonio Francisco de Paula Souza, diretor da Escola Politécnica de São Paulo, para ensinar Engenharia Mecânica.
No ano seguinte, Mange casou-se com uma brasileira e retornou à Suíça. Quando voltou, em 1917, escolheu Ribeirão Pires (SP) para morar. Viajava três dias por semana para as aulas na Poli.
Do simples para o mais complexo: esse era o fundamento do curso de Mecânica que implantou, em 1923, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. O operário aprendia como fazer um parafuso e evoluía até o motor completo.
“O que nós queremos é que, quando for ao torno, ele seja uma pessoa educada. Isso faz parte da educação profissional. Porque nós formamos uma elite!”, dizia.
Foi requisitado pela Estrada de Ferro Sorocabana para formar mecânicos. Antes do Senai, participou ainda da fundação do Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort).