SUÍÇOS
DO BRASIL

BRASIL

SUÍÇOS
DO BRASIL

SUÍÇA
BRASIL

Max Schetty

Basiléia, Suíça
1939 – 2019

 

Designer gráfico apaixonado pela arte e pela cerâmica em particular, Max Schetty veio para o Brasil pela primeira vez em 1939, ainda bebê, nos braços da mãe.

Voltou ao Brasil em 1965, aos 26 anos de idade. Contava que ao chegar de navio por Recife, encantou-se com os cheiros e cores tropicais e ali naquele momento decidiu permanecer e contribuir com o país, onde, diferente de sua terra natal, tudo estava por fazer.

Sua família era proprietária da fábrica de tecido e estamparia Färberei Schetty AG, na Basiléia. Lá seu pai Max Schetty conheceu sua mãe, a bailarina Ava Schetty. Casaram e migraram para o Brasil. Tiveram dois filhos, Edith e Max.

Em São Paulo o pai foi contratado para dirigir uma fábrica de tecidos e logo passou a dirigir a Tinturaria e Estamparia Suzano, na cidade de Suzano/SP, onde até hoje existe uma rua com o seu nome.

Max ainda era adolescente quando voltou à Suíça para estudar. Lá serviu o exército como motorista e ao viajar para os países vizinhos torna-se poliglota. Forma-se em Design Gráfico.

Decide então voltar e conhecer melhor o Brasil, já que fora criado na cultura e costumes suíços.

Em 1965 chega a São Paulo e trabalha como assistente de Alexandre Wollner, considerado o pai do design moderno brasileiro. Ali, apurou o olhar, o uso da tipografia e dos espaços vazios.

Com uma formação diferenciada, Max se destaca na área e trabalha como diretor de arte em agências publicitárias de renome, como a Thompson, Indesign e Yes Brazil. A convite de amigos, abre em 1971 a Studioum, especializada em comunicação e desenho industrial.

Nos anos 80 começa a fazer aulas de cerâmica, sem abandonar a publicidade.

Em 2003 une-se à assistente social Zuza (Maria Adelina Coutinho Paschoal) e, aposentados, mudam-se para Paraty/RJ, quando ele se volta definitivamente para a cerâmica. Dá aulas voluntárias para crianças em seu ateliê e nos encontros de cerâmica da cidade, onde integra o Grupo dos 8. Passa a expor regularmente sua obra, marcada pela simplicidade e rigor das formas, tendo a organicidade como fonte de inspiração.

Era portador da doença neurológica narcolepsia, com a qual conviveu sem saber até a maturidade. Com o agravamento de sua saúde, resolvem voltar para São Paulo em 2017 e procurar um lugar onde ele possa ser melhor cuidado.

Max passa então o último ano e meio de sua vida na Associação Suíça de Beneficência Helvetia, que o acolhe e onde continua a trabalhar com a cerâmica.

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