Marianne Salusse-Joset
Courfaivre, Suíça
1806–1900
“Oh! Bons e saudosos bailes do salão Salusse!”, escreveu Machado de Assis em 1893 sobre o hotel de Marianne Salusse-Joset e seu marido, Guillaume Salusse. Por muitos anos, a vida social de Nova Friburgo gravitou em torno do hotel, finamente decorado e frequentado pela elite que fugia do calor e da febre amarela que grassavam no Rio de Janeiro.
O hotel representa também um momento de superação das dificuldades em uma família que fundou Nova Friburgo. Marianne chegou à colônia em 1819, depois de quase cinco meses a bordo do veleiro Deux Catherine, que partiu de Antuérpia para o Rio de Janeiro. Logo de início, perdeu a mãe e o irmão, contando apenas com o pai para enfrentar os desafios dos pioneiros.
Empreendedora e decidida, vislumbrou potencial na expansão do café em Cantagalo, que transformou Nova Friburgo em parada obrigatória para tropeiros. Para recebê-los, o casal Salusse abriu uma “casa de pasto” e um bilhar.
Os negócios prosperaram.
Em 1837, eles criaram uma hospedaria para os que buscavam nas montanhas cura para doenças como a tuberculose. Dali surgiria o Hotel Salusse.
Marianne sempre dividiu-se entre a família e os negócios. Teve oito filhos e muitos descendentes, que a chamavam de “Grand Maman”.