Leo Zehntner
Reigoldswil, Suíça
1864-1961
Botânico responsável por trazer para a Bahia o primeiro pé de cacau da variedade criollo, Leo Zehntner veio ao Brasil em 1907 a convite de Miguel Calmon du Pin e Almeida, governador do Estado da Bahia, que lhe ofereceu a direção do Instituto Agrícola da Bahia, em São Bento dos Lajes, no Recôncavo Baiano.
Assim que passou a dirigir o Instituto Agrícola, Zehntner trouxe as primeiras mudas de café criollo, provenientes “do Ceilão, da variedade da Venezuela e Nicarágua”, que foram plantadas por ele mesmo no pomar do instituto.
Em 1914, publicou na Alemanha um livro sobre o cacau baiano, chamado Le cacaoyer dans l’Etat de Bahia, obra que despertou o interesse dos empresários da colônia francesa e inglesa, de modo que rapidamente se estabeleceu uma concorrência com os cacauais das colônias europeias, na África Ocidental.
Depois de passar mais de 20 anos na Bahia, Leo Zehntner regressou à Suíça.
O botânico morreu com mais de 90 anos de idade em sua aldeia natal, Reigoldswill, no Cantão de Basiléia