John Louis Graz














Genebra, Suíça
1891–1980
Pintor, decorador, escultor e artista gráfico, John Louis Graz chegou ao Brasil a tempo de participar de um momento considerado divisor de águas da arte brasileira, a Semana de Arte Moderna de 1922. Convidado por Oswald de Andrade, expôs sete obras e passou a colaborar com a revista “Klaxon”, porta-voz do grupo modernista. Foi também sócio-fundador da Sociedade Pró-Arte Moderna.
Em Genebra, sua cidade natal, teve início a ligação com o Brasil. Na Escola de Belas Artes, conheceu dois irmãos, Antonio e Regina Gomide — a pintora e decoradora tornou-se sua primeira mulher. Graz foi aluno de Eugène Gilliard e Edouard Ravel (tio de Maurice Ravel) e estudou litografia com Carl Moos.
Com bolsa de estudos, morou na Espanha. Depois, veio a São Paulo para casar-se e ficou. O escultor Victor Brecheret foi seu padrinho de casamento. Em 1974, viúvo, casou-se com Annie Graz. Desde sua morte, Annie Graz mantém seu acervo por meio do Instituto John Graz.
No design, a marca do artista foi a integração dos elementos. Graz concebia o ambiente como um todo: o mesmo conceito estendia-se de painéis pintados a móveis, objetos, iluminação e jardins. Trabalhava em projetos com Gregori Warchavchik e Rino Levi, dois importantes nomes da arquitetura moderna.
Em 1969, passou a se dedicar somente à pintura. Chat (Gato), seu apelido em família, gostava de usar muitas cores, mas nunca tons berrantes. Suas viagens pelo norte e nordeste do Brasil são retratadas com olhos encantados pela paisagem humana.