Jakob Huber
Schaffhausen, Suíça
1867–1914
Jacques Huber era docente particular em Genebra quando foi chamado por Emílio Goeldi (1859-1917), em 1895, para organizar a seção botânica de um museu em Belém, atual Museu Goeldi.
Seu nome de nascimento era Jakob, mas antes de se transferir para o Pará, latinizou o prenome para Jacques (como também havia feito o naturalista Emílio Goeldi, cujo nome original era Emil Göldi).
Huber foi o primeiro pesquisador e cientista a fixar-se permanentemente na Amazônia e, como chefe da seção botânica e, posteriormente, diretor, teve uma grande preocupação em ampliar o jardim botânico do museu.
Jacques Huber nasceu em 13 de outubro de 1867, no cantão de Schaffhausen. Estudou na Basiléia, Montpellier e Genebra, onde se estabeleceu como professor.
Em 1895, ao lado de Goeldi, realizou excursões de estudos às regiões do Amapá e Cunami, No ano seguinte fez uma expedição à Ilha de Marajó e, em 1897, ao Rio Capim, onde ambos contraíram febre. Huber foi se recuperar no Ceará e continuou seus estudos de botânica.
De 1898 a 1904, fez várias outras viagens de estudos pelo norte do Brasil, chegando até o Baixo Acre. Segundo Rodolfo Garcia e o Barão de Studart, Jakob Huber está entre os mais destacados pesquisadores da flora amazônica.
Ao contrário de seus precursores, naturalistas itinerantes, Jakob Huber pode fazer observações mais acuradas e descobriu numerosas substâncias vegetais, aprofundando o conhecimento sobre as plantas úteis.
Além dos valiosos estudos sobre a seringueira e a saúva – que não têm a merecida consideração no Brasil — escreveu Arboretum Amazonicum, Materiais para a Flora Amazônica e Matos e Madeiras Amazônicas.
Jakob Huber faleceu no dia 18 de fevereiro de 1914, em Belém.