SUÍÇOS
DO BRASIL

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SUÍÇA
BRASIL

Heidi Caluori

Bonaduz, Suíça
1967

 

Há muito tempo, o universo infantil faz parte da vida de Heidi Caluori.

Professora de jardim de infância na Suíça – estudou em Chur (cantão de Graubuenden), no Kindergaertnerinnenseminar – ela continua a lidar com os pequenos, agora como gerente geral da ARCO – associação beneficente localizada no extremo sul da cidade de São Paulo, que atende 120 crianças, do berçário à pré-escola.

De espírito inquieto, Heidi se formou, começou logo a trabalhar e no ano seguinte queria ver o mundo. Seu primeiro destino foi a Ásia. Durante as viagens, fez cursos formais na Indonésia, Austrália, Malásia, Tailândia, Israel, Egito, Hong Kong, Laos e Taiwan. Alternava um ano de viagem com um ano de trabalho na Suíça, até o dia em que uma amiga lhe aconselhou a procurar o fundador da ARCO e ela veio ser voluntária no projeto da ONG que estava nascendo.

Chegou ao Brasil em 1994, sem saber uma palavra de português: “No começo, achava que nunca iria aprender essa língua latina, mas no dia-a-dia as crianças facilitaram minha aprendizagem e em muito pouco tempo comecei a falar português”.

Caçula de quatro irmãos, nascida na pequena vila de Bonaduz, numa família de padeiros e confeiteiras, Heidi foi a única a escapar dessa profissão.

No Brasil, as crianças a pegaram emocionalmente: “Quando conheci a situação das crianças dessa comunidade realmente excluída, eu vi um sentido bem maior para a minha vinda. As pessoas podem dizer que crianças são iguais no mundo inteiro, mas existem diferenças na educação, no nível de necessidade. As crianças que recebemos sentem falta de carinho, de amor. Muitos dos pais estão desempregados e descontam nelas suas frustrações”.

Heidi Caluori tem dois filhos que nasceram no Brasil e está feliz aqui.

Sempre viaja para a Suíça e considera-se patriota, orgulhosa de sua nacionalidade.

No entanto, sabe que cada país tem uma cultura em si e é bom que Brasil e Suíça sejam países diferentes: “A troca só é rica quando se pode misturar e entender duas culturas, querer mudar isso não é o caminho certo”.

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