SUÍÇOS
DO BRASIL

BRASIL

SUÍÇOS
DO BRASIL

SUÍÇA
BRASIL

Adolpho Lutz

Rio de Janeiro, Brasil
1855–1940

“Criança ainda, mal transpostos os 5 anos, já resolvera sua vida futura e explicava à progenitora, naturalmente atônita, que ia dedicar sua vida inteira ao estudo da natureza”, escreve Bertha sobre o pai, Adolpho Lutz.

O trabalho de Adolpho Lutz como sanitarista foi fundamental para a erradicação no Brasil de epidemias de febre amarela, cólera, peste bubônica, febre tifóide, malária, ancilostomíase, esquistossomose, leishmaniose e lepra.

Ele nasceu no Rio de Janeiro, de uma família tradicional de Berna. Friedrich Bernard Jacob Lutz, seu avô, chefiou o serviço médico do exército da Confederação Helvética.

Os pais, Gustav Lutz e Mathilde Oberteuffer Lutz, emigraram em 1849. No bairro de Botafogo, Mathilde fundou o Colégio Suíço-Brasileiro (sem ligação com a atual Escola Suíço-Brasileira). Adolpho foi para a Suíça aos 2 anos e só voltou ao Brasil em 1881, quando completou os estudos.

Desenvolveu pesquisas em várias áreas e em todas se mostrou incansável. Foi cirurgião, botânico, parasitologista, microbiologista, sanitarista. Dirigiu o Instituto Bacteriológico que, depois de fundir-se a outro laboratório, deu origem ao Instituto Adolfo Lutz.

Nas pesquisas de campo, deitava-se sob uma árvore e declamava Homero no original, o que dizia ser repousante.

Sua morte influenciou profundamente Bertha Lutz (1894-1976), zoóloga e pioneira da luta pelo direito de voto das brasileiras. “Somente a natureza e os interesses que tínhamos em comum faziam-me viver”, escreveu ela, que se dedicou a divulgar o notável legado científico do pai.

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